Descrição enviada pela equipe de projeto. O rápido crescimento que a IED de Barcelona tem experimentado desde sua chegada em 2002, fez necessário a mudança para um novo edifício com mais de 5.000 m² dedicados ao treinamento e investigação em design. As obras de arquitetura, feitos por Franconi Gonzalez Architects Studio em colaboração com o estúdio ProA Solutions, é o resultado da reconstrução e reabilitação da antiga fábrica têxtil Macson em Barcelona.
A nova Escola Superior de Design é composta por quatro pavimentos que integram os valores e benefícios do Design para Todos, visando estimular a experimentação criativa e o diálogo entre os usuários e as disciplinas. O edifício reserva 610 m² a espaços amplos e flexíveis, distribuídos entre o primeiro e o último andar, o que facilita o trabalho coletivo entre estudantes e professores. O resto do edifício também acomoda escritórios, salas de aula e oficinas especializadas para cada treinamento em Moda, Design, Comunicação Visual e Administração para Indústria Criativa.
O total do orçamento investido é de 4.500.000 € fragmentados em cinco fases iniciais desde 2008. Uma aquisição auto financiada feita, sem depender de empréstimos do banco, graças ao planejamento de sistema duma ocupação progressiva desses novos espaços durante os últimos três anos.
Essa intervenção preserva e integra o caráter industrial do edifício existente, uma fábrica têxtil construída em 1952 no distrito de Gràcia (Biada, 11), em Barcelona. Sua estrutura original, o caráter industrial do edifício e seu funcionalismo são refletidos nos espaços amplos e claros como o Open Space de 380 m², as ateliês de Moda coincidindo com as oficinas da fábrica original, e as paredes mais baixas e pé direitos amplos que revelam o edifício antigo.
A distribuição e o acesso para a nova sede surgem da antiga área para carga e descarga; elemento principal da construção que adquire uma dimensão arquitetural organizando múltiplos patamares geométricos. Seu desenho, acabado em madeira de Pinus tratada, é caracterizado por uma série de rampas e escadas apoiadas em uma malha metálica estrutural de 240 m², organizados em torno da rampa central. Além disso, ele resolve de maneira original as mudanças existentes na elevação entre a rua e a recepção. Esse novo pátio oferece diferentes opções de acesso à escola, de diferentes pontos, uma reflexão metafórica do processo de aprendizagem de cada aluno.
Cada parte do edifício promove a relação entre os usuários e seus diferentes espaços. O pátio convida o aluno a entrar no hall com uma fluência delicada conseguida por múltiplos elementos. Por um lado a redução da quantidade de paredes entre interior e exterior, graças as entradas envidraçadas que também favorecem a iluminação natural e continuidade visual; por outro lado, a percepção de correspondência entre o chão do pátio, o teto do hall e os escritórios com paredes translúcidas que podem ser percebidos ao fundo.
A fábrica original apresentaria muitos problemas para seu reuso graças à isolação de certas partes da construção, que impediria fluidez e continuidade com o resto dos espaços. A incorporação do novo interior e escadas de emergência resolvem o problema de comunicação entre os andares de escritórios defasados em relação ao anel de circulação do edifício. A escada de emergência, além de ser um elemento de serviço, se transforma no protagonista do pátio interno.
Trabalho prático é questão chave na formação do IED, por esse motivo 752 m² estão previstos oficinas e laboratórios adaptados para cada área. As oficinas das formações em transportes, design de interiores ou design de produto estão localizados no último piso, para facilitar ventilação e luz natural: uma localização privilegiada para realçar a importância da experimentação. Os estúdios e os laboratórios multimídia estão no subsolo do edifício, anteriormente dedicado ao armazenamento, já que a luz natural é dispensável, mas estão distribuídos por paredes envidraçadas para transmitir fluência e evitar espaços como labirintos.
A maioria dos elementos de iluminação da escola pertencem a marca italiana Artémide.
A construção da nova sede tem sido um desafio para os arquitetos, alunos, professores e funcionários que têm trabalhado junto em diferentes projetos durante a concepção do edifício. Arquitetos afirmam que o diálogo com os alunos e executivos tem sido a chave para detectar as necessidades de uma inovadora e contemporânea Escola Superior de Artes.